quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Exportação de frutas cítricas pode crescer com produtores do Norte de Minas

freepik


 A exportação de laranja alcançou, entre julho de 2021 e fevereiro deste ano a marca de quase 660 mil toneladas comercializadas. Isso representou uma queda aproximada de 1,02% em relação ao mesmo período da safra 2020/2021. A queda, ainda que pequena, é atribuída à forte concorrência do mercado mexicano, que faz fronteira com os EUA, o principal comprador da produção brasileira.

Mas a expectativa das negociações nacionais e internacionais para esta safra é positiva entre os produtores de citros do Norte de Minas. Aliás, não só para 2022. Eles acreditam que as próximas safras vão oferecer bons motivos para se comemorar. O otimismo vai além do solo ou das questões climáticas. Há um trabalho de fortalecimento da competitividade que promete tornar ainda melhor os produtos locais, que já são de excelência.

“Deveríamos fortalecer o trabalho, a pesquisa e o desenvolvimento de produtores profissionais que busquem sabor e que tenham uma fruta que seja desejada em todo território nacional e também no mundo. E que esse desejo seja pelo seu sabor, não apenas pela oportunidade numa janela de exportação”, avalia Alencar Saito, engenheiro agrônomo da Agroforte, empresa especializada em fornecimento de linhas de crédito rural.

Por isso, ele defende que as ações dos produtores sejam focadas também no mercado nacional, onde as oportunidades de negócios ocorrem durante todo o ano. “Há muito que ser feito ainda no mercado interno antes de pensar em exportação. Existem janelas de produção, existe demanda para produtos saborosos, coisa que tem sido pouco explorada no Brasil e no mundo”, observa.

Luiz Antunes compartilha com a análise do engenheiro da Agroforte. Diretor da 2DA Negócios+Território, empresa com grande experiência em estratégias de posicionamento de marcas e no fortalecimento de lideranças, ele explica que essa expansão passa pelo entendimento dos desafios da região. “É essencial expandir a visão para os grandes centros e mercados externos, entendendo as expectativas de cada mercado, analisando como os players de destaque atuam”, orienta.

Entender o comportamento do consumidor, segundo Luiz Antunes, pode ajudar a aproximar os produtores das grandes oportunidades. “Conhecer os movimentos culturais, as tendências nacionais e internacionais para assim ser possível ao território trabalhar diretrizes e ações que o posicionem de forma intencional e estratégica frente a tudo isso. Mas isso visando sempre, acima de tudo, o desenvolvimento da região como um todo”, recomenda.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Operações de day trade exigem gestão de risco para evitar perdas, adverte economista

freepik


 O mercado financeiro oferece diversos ativos aos investidores, seja para os mais conservadores, que não abrem mão da proteção para ter rentabilidade, até aqueles de perfil mais agressivo. De modo geral, o investidor procura o maior rendimento possível com o máximo de segurança. Mas quando se trata de operações de day trade, ou seja, a compra e venda de um ativo no mesmo dia com base na oscilação do mercado, a exposição aos riscos chega ao seu nível máximo.

“O day trade é recomendado exclusivamente para quem está disposto a correr maiores riscos em busca dos maiores rendimentos. Não se trata de ser melhor nem pior do que aqueles com perfil conservador, que preferem a renda fixa, por exemplo. São apenas perfis diferentes”, explica Sanzio Cunha, trader, CEO e sócio fundador da Lotus Capital. “Pessoas que não abrem mão da proteção não devem arriscar suas economias nesse tipo de negócio, porque o resultado pode ser catastrófico”, avisa.

Isso porque a carteira de investimentos no day trade sofre mais com a volatilidade do mercado. Uma forma de amenizar essa oscilação é investir em profissionais especializados em gestão de risco. “Esse procedimento consiste em maximizar as chances de rendimento e de minimizar os impactos das oscilações nas carteiras. Essa tarefa é feita com uma leitura minuciosa do mercado global”, salienta o CEO da Lotus.

“É preciso analisar os movimentos que ocorrem no exterior, acompanhar de perto a flutuação cambial, interpretar as ações governamentais de outras partes do mundo e, o mais importante, posicionar as carteiras com base nos efeitos dessas ondas na hora exata”, explica. Segundo ele, todos esses cuidados são ainda mais importantes porque há um timing adequado para fazer ou desfazer uma posição.

“Como é um mercado imprevisível, sujeito a muitas intempéries, a compra de um ativo com expectativa de valorização no decorrer do dia não vem com certificado de garantia. Seu preço pode crescer muito além das projeções mas, com as mesmas probabilidades, cair a níveis muito inferiores a que um trader pode resistir. Alguém que não tem total domínio do que está em jogo pode fazer mudanças apenas com base na intuição, no medo ou no entusiasmo. Esses são ingredientes que fazem aumentar consideravelmente o risco de perda”, analisa.

Por isso, Sanzio é taxativo ao apontar que vale a pena investir numa operadora que atua com gestão de risco, pois essa decisão pode atenuar as chances de perda. “A emoção, diante de uma volatilidade, tende a falar mais alto que as informações e as métricas, diferentemente do que ocorre com um gestor de risco. Quem encara essas operações como uma loteria acaba concluindo, muitas vezes a um alto custo, que o mercado financeiro é implacável contra o amadorismo”, conclui.

IA avança, e sistema com tecnologia já faz reconhecimento facial em menos de 1 segundo

Quando se pensa na evolução dos sistemas de segurança que utilizam a tecnologia da inteligência artificial (IA), é comum imaginar novas má...