quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Jurista recomenda que contribuintes na dívida ativa da União renegociem pelo Litígio Zero

 

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O terceiro mandato do governo Lula, que tomou posse no dia 1º de janeiro, teve início já em pé de guerra com o teto de gastos, com o objetivo de implementar uma valorização maior do salário mínimo já a partir de 2023. Mas essa não é a única frente que o novo governo pretende assumir. Ainda na primeira quinzena, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o lançamento do projeto Litígio Zero.

O objetivo do plano é facilitar a vida dos contribuintes inscritos na dívida ativa da União, oferecendo condições que garantam descontos até mesmo sobre o valor devido. “As renegociações com o poder público, em regra, são estabelecidos pelo credor, na base do ‘se quiser é isso’. Não tem abertura para contraproposta. No caso do novo projeto do Ministério da Fazenda, essa possibilidade também não existe, mas tudo indica que ela deverá ser formatada num molde que se torna interessante para o devedor”, explica Igor Montalvão, advogado, sócio e diretor-jurídico do Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios.

Estima-se que, atualmente, a dívida ativa da União gire em torno dos R$ 3 trilhões. Parte desse montante ocorreu durante o isolamento social, quando a maior parte das empresas foram obrigadas a fechar as portas provisoriamente, gerando uma onda de demissões. A recuperação econômica é a justificativa do governo federal para implementar o Litígio Zero, ainda que outros canais de renegociação tenham sido abertos no governo anterior.

A ideia, agora, é oferecer um desconto de até 50% nas dívidas de pessoas físicas e de micro e pequenas empresas, com a chance de efetuar o pagamento em até 12 parcelas, desde que a dívida seja de no máximo 60 salários mínimos. Já as pessoas jurídicas com saldo negativo superior a isso, o governo pretende oferecer um plano de desconto de até 100% sobre os juros e as multas incidentes sobre o débito.

“A proposta do governo é interessante, sobretudo porque também se dispõe a acatar as decisões em 1ª instância de ações de cobrança que sejam favoráveis ao contribuinte, encerrando esses processos. Isso pode desencadear uma arrecadação que seria improvável em condições normais, oferecendo a chance de recuperar parte do saldo da dívida ativa e de esvaziar ao menos uma parcela das ações que abarrotam o judiciário”, defende o advogado.

O Ministério da Fazenda trabalha com um valor próximo de R$ 3,72 bilhões em renegociações em mais de 30 mil processos que estão tramitando na justiça. “O valor é uma gota no oceano se comparado com a dívida total, mas faz toda a diferença para o caixa do governo e para a vida dos devedores”, sustenta o sócio e diretor-jurídico da Montalvão & Souza Lima. “As mesas de negociação com o poder público são sazonais, e nem sempre em condições substancialmente interessantes como o projeto Litígio Zero sugere. Ponto para o Ministério da Fazenda, que inicia o novo governo compreendendo a realidade tributária do país”, argumenta.

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

Crescimento de IA no Brasil serve de alerta para empresas que ainda resistem à tecnologia

 

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A inteligência artificial (IA) há muito deixou de ser expressão que remete a filmes de ficção científica ou ferramenta de luxo no universo corporativo. Hoje ela tem potencial de fazer parte de qualquer empreendimento, desde as grandes empresas até os pequenos comércios localizados nos bairros. Isso porque a IA consegue aliar solução e segurança num mesmo ambiente empresarial.

Os números da gigante da informática IBM apontam isso. Um estudo recente realizado pela companhia mostra que, no Brasil, 41% das empresas utilizam de alguma tecnologia de machine learning em seus processos. Além disso, 73% dos profissionais de tecnologia da informação (TI) que lidam com sistemas de inteligência artificial no Brasil revelam que as demandas cresceram substancialmente nos últimos dois anos, em meio ao cenário de pandemia.

Uma das empresas que identificou este crescimento foi a Most Specialist Technologies. A companhia atua há mais de 20 anos justamente com um dos filões do mercado: a criação e implementação de sistemas de segurança digital. “Nossa atuação é em um setor que cresceu muito em razão do isolamento social. As pessoas passaram a comprar ainda mais pela internet, aumentando o fluxo de relações comerciais nas plataformas digitais. Isso exige um nível de segurança bem maior em comparação ao que existia anteriormente”, explica Maria Cristina Diez, diretora comercial da Most.

“Os recursos oferecidos pela inteligência artificial são cada vez mais vastos e eficazes, fazendo com que o leque de ofertas também cresça bastante”, aponta a executiva. “Os empresários no mundo todo, inclusive no Brasil, estão percebendo que isso pode melhorar as relações comerciais, reduzir os índices de erros e elevar os de acerto. E tudo isso com uma margem de segurança que nunca existiu antes”, avalia Maria Cristina Diez.

Para a diretora da Most, o benefício da aplicação do machine learning ocorre tanto para a empresa quanto para o cliente. “Ao mesmo tempo em que oferece segurança dos dados pessoais sensíveis para os consumidores, a tecnologia também é capaz de proporcionar um alto nível de proteção contra potenciais fraudadores que tentam acessar os serviços da empresa. É necessário agir rápido contra os criminosos, e é isso que os algoritmos oferecem”, destaca Maria Cristina Diez.

Um dos exemplos é o Face Match, que, segundo ela, consegue comprovar a identidade do usuário e fazer verificações importantes antes de dar ou não acesso a um sistema, a um produto ou serviço. “Nossos avanços são no sentido de tornar esse combate mais rápido e eficaz. O mercado vem crescendo muito nessa direção”, conclui a diretora comercial da Most.

IA avança, e sistema com tecnologia já faz reconhecimento facial em menos de 1 segundo

Quando se pensa na evolução dos sistemas de segurança que utilizam a tecnologia da inteligência artificial (IA), é comum imaginar novas má...