terça-feira, 31 de outubro de 2023

Imóveis inteligentes podem gerar mais conforto e economia ao morador

Crédito: Freepik


 Atualmente, ao procurar um imóvel para comprar ou alugar, há mais quesitos que o interessado deve levar em consideração quando comparado com as residências de antes. Os novos projetos imobiliários podem oferecer mais do que uma planta adequada a cada perfil de usuário. Muito além do metro quadrado, do tamanho da cozinha e da quantidade de quartos e suítes, vale a pena observar outros pontos atrativos.

Isso porque os chamados prédios inteligentes vêm com inovações que podem proporcionar mais conforto e economia para o consumidor. Na ponta do lápis, esses benefícios podem ser um importante diferencial depois de fechado o negócio. “A construção civil avança a uma velocidade impressionante, e isso resulta em mais recursos que o cliente nem sempre enxerga, mas que fazem toda a diferença dentro da residência”, explica Danielle Felipe, Product Manager e sócia da Projelet, empresa especializada em soluções inteligentes para a construção civil.

Uma delas é a iluminação natural do imóvel e o fluxo de ar. Há uma tendência hoje de considerar esses detalhes na elaboração dos novos projetos residenciais. “Quanto maior a iluminação da casa ou do apartamento e melhor for o fluxo de ar, maior é o conforto e a economia que o morador tem com energia elétrica e com climatizadores. Além disso, esse fluxo significa que a casa é arejada, oferecendo um ambiente mais saudável”, observa a especialista.

Mas, segundo ele, isso não é restrito aos imóveis de maneira independente. Todo o prédio, inclusive os ambientes de livre circulação, podem ser adaptados para economizar energia. “Antes de tudo, o residencial pode produzir a própria energia, com as placas fotovoltaicas. Mas o mercado já superou essa evolução. Hoje existem sistemas inteligentes que gerenciam a luz, o gás e a climatização de todo o edifício para evitar o desperdício. Por isso, é inevitável falar de uma construção inteligente sem mencionar a sua sustentabilidade”, afirma Danielle.

O Product Manager da Projelet reconhece que muitos aspectos das edificações inteligentes são mais focadas pelos profissionais envolvidos no projeto. Mas ele garante que há tecnologias que amplificam também a segurança do local e de suas imediações, e que as ferramentas que atualmente estão disponíveis resultam em mais bem-estar para o morador.

“A realidade é que hoje sobram opções no mercado quando se alia a inteligência à construção civil. Desde os insumos e as matérias-primas utilizadas, que também geram economia na obra, até a automatização de atendimentos importantes, como a segurança eletrônica, que pode controlar os acessos através de biometria facial. Temos muitas possibilidades”, conclui.

Bancos e instituições financeiras são os maiores credores dos brasileiros

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Conviver com as dívidas é um problema que afeta uma parte considerável dos brasileiros. Atualmente, 71,74 milhões de pessoas no país estão inadimplentes com um ou mais credores. Os números, presentes no Mapa Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, foram produzidos pelo órgão de proteção ao crédito, e referem-se ao último mês de agosto.

A dívida total chega a R$ 355 bilhões, valor 0,95% maior do que o registrado em julho. A maior parte desse montante (29,29%) foi contraída junto a bancos e serviços de cartão de crédito. Outros 15,3% são de devedores cujos rendimentos estão comprometidos com instituições financeiras. “O problema de ter que encarar as multas e os juros bancários é que eles são simplesmente astronômicos”, admite Bárbara Jennifer Rodrigues Resende, advogada do escritório Montalvão & Souza Lima Advocacia de Negócios.

A publicação do Banco Central (BC) - Estatísticas Monetárias e de Crédito confirma o cenário. No último mês de julho, a taxa média de juros das concessões de crédito livre estava em 44,3% ao ano. A variação desse índice nos últimos 12 meses mostra que houve um aumento de 3,9 pontos percentuais. Ou seja, houve um encarecimento dos juros praticados pelo mercado.

“A união entre a cobrança pesada de juros e a falta de organização para quitar os compromissos é um dos motivos que ajudam a explicar o tamanho da inadimplência no Brasil. Mas isso não significa que é um problema sem solução. O primeiro passo é o mais importante: reconhecer que existe gargalo nas contas e tentar estancá-lo a todo custo”, orienta a advogada. “Isto significa fazer as contas, calcular quanto as dívidas consomem do seu orçamento e se preparar para renegociar com o banco”, complementa.

Há casos, segundo a advogada Bárbara Jennifer Rodrigues Resende, em que o pagamento dos juros é superior à própria dívida, devendo se observar também a aplicação de juros abusivos. Estas e outras circunstâncias merecem uma negociação mais incisiva com a instituição. “São situações que merecem um suporte especializado, não apenas para dialogar com o banco, mas também para considerar uma ação de ressarcimento de valores pagos a maior, ou uma ação revisional dos juros aplicados, caso seja identificado juros abusivos. Um escritório especializado é o caminho mais adequado para se conseguir isso”, pontua.

Entretanto, sustenta a jurista, é importante que haja uma reorganização financeira por parte do devedor para diminuir o impacto no orçamento. Isso exige disciplina, para que uma dívida não seja trocada por outra. “A mudança de rota financeira exige muita disciplina, porque o devedor pode confundir a redução com receita, e acabar consumindo novamente. Reorganizar a vida financeira é abrir mão do consumo exagerado. A renegociação com os bancos é só um passo desse processo, que é bastante complexo”, afirma a advogada da Montalvão & Souza Lima.

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